Formou-se em enfermagem pela Escola Americana em Beirute. Imigrou para o Brasil em 1924, com seu pai Suleiman. Este abriu o Colégio Oriental, em São Paulo.
Emily e Barbahan são primos em 2º grau.

Relato de Brasil Helou, de memória, sobre achegada e instalação de sua família, no Brasil:

“A informação que tenho é da minha memória familiar, sem conferência documental.
Logo que chegaram, minha mãe e meu avô Suleiman compraram uma escola já em funcionamento: o Colégio Oriental. Dez meses depois, meu avô falece, de ataque cardíaco. Estava na Rua 25 de Março, em São Paulo.
Sozinha, em São Paulo, administrando uma escola, pediu à sua irmã Huda, casada com Suleiman Safady, que viesse ajudá-la. O que aconteceu.
Em 15-out-1927, Emely e Barbahan casaram-se e mudaram para Urutay, (última estação de trem). Logo depois, mudaram-se para Pires do Rio, nova última estação de trem, onde nasceram meus irmãos: Huda, em 26 de agosto de1928, e Farid em 12 de setembro de 1930. Em 1934 foram “tentar a sorte" em São Paulo, onde nasceu a Najla, em 25 de fevereiro de 1935.
Moraram na rua Jaguaribe, atrás do Hospital da Santa Casa.
Voltaram para Pires do Rio, onde nasceu Haikal, em 31 de outubro de 1936.
Com a última estação aberta em Anápolis, (1932?), saíram de Pires do Rio em (1938?) para Anápolis, onde nasceu o caçula Brasil, em 28 de agosto de 1942.
Nesse mesmo dia, chegou-lhe, de surpresa, um grande carregamento de querosene, (não sei se 1 ou 3 vagões). O que mudou completamente a sua vida econômica. A compra de combustível somente podia ser feita com pagamento antecipado e prévia remessa dos tambores vazios. O proprietário da carga de querosene recebeu esses navios, em Santos, no mesmo dia da entrada do País na 2ª GG, acho que em 22 de agosto.
Antes que o Presidente Getúlio Vargas requisitasse a sua mercadoria, despachou-a para os seus representantes no País, ficando livre do prejuízo certo.” — Brasil Helou

História com tia Emily
Eu vou contar agora uma com a Tia Emily. Eu cresci escutando o meu pai relatar o problema do estrangeiro não perceber possíveis "foras" na língua portuguesa. Eu achei tão fantástica a história que vou relatar que fiz questão de perguntar para a Tia Emily se era verdade. Ela abriu um sorriso e riu bastante e repetiu o ocorrido. A seguir, rimos bastante por alguns minutos.
Todos sabemos da hospitalidade que nossas famílias sempre honraram de geração a geração.
A tia Emily não fugia à regra. Embora falasse o português, não sabia que certas expressões pudessem ter outra conotação.
Certo dia, os tios Emily e Barbahan receberam o prefeito de Anápolis para almoçar ou jantar. A tia Emily, como excelente anfitriã, preparou uma impecável refeição, e queria que o prefeito se sentisse à vontade para se deleitar com aquela mesa farta. Então ela se dirigiu ao prefeito e disse: Coma sem vergonha! Coma sem vergonha!
Ela na verdade queria dizer Coma sem ter vergonha ou Coma sem cerimônia!
Vejam que infelizmente a Tia Emily continua atual em chamar um político de sem vergonha! — Claudia Maria Helou.