Fridolin e Anna chegaram a São Paulo, procedentes de Hamburgo, na Alemanha, na barca dinamarquesa
S. S. Amerika, em 9 de junho de 1855, chegando a Santos em 24 de agosto de 1855. Seu destino inicial foi a fazenda de café Boa Vista, na região de Amparo, SP. Os registros informam que chegaram com eles os filhos Catharina, Matheus, Elisabeth, Verena e João. No mesmo navio, procedente da mesma cidade, chegou o filho mais velho, Fridolin Marti Filho, e sua esposa Maria.
Em 1850, Amparo recebeu imigrantes suíço-alemães para trabalharem nas fazendas de café. Calcula-se que em 1860, a cidade de São Paulo teria 30 mil habitantes, dos quais 10% seriam alemães.
Porém, por essa época começaram a chegar à Europa os protestos de vários imigrantes, principalmente os alemães e suíços, que escreviam aos parentes e até às autoridades de seus países, denunciando que os fazendeiros paulistas tratavam os lavradores ainda como escravos. As acusações eram tão graves que muitos governos proibiram a emigração para o Brasil. Na Alemanha, essa proibição foi feita pelo famoso Ato Heydt, que só foi revogado em 1896 — assim mesmo fazendo restrições ao Estado de São Paulo, e permitindo a imigração apenas para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. [6]
Na própria Fazenda Ibicaba, os colonos, liderados por Thomas Davatz, questionaram os valores de pesagem das sacas de café pelo Senador Vergueiro, bem como os critérios para a divisão dos lotes de terra. O forte descontentamento resultou num levante armado na fazenda, conhecido como Revolta dos Parceiros, que necessitou da intervenção de forças policiais para estabilizar a situação.
Com isso, muitos acabaram saindo e procurando as grandes cidades ou o litoral, onde se aventuraram em outros setores, como agências marítimas, exploração de trapiches e exportação. Muitos foram trabalhar na construção de estradas de ferro e nas primeiras indústrias que surgiam pelo Estado.
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