Anna Victória veio de MG para SP com 8 anos de idade, com seu irmão mais velho Antonio e sua irmã Carlota Victória, também pequena. Após a morte da mãe e o segundo casamento do pai, Antonio trouxe as irmãs para SP porque estas não se davam com a madrasta. Elas ficaram aos cuidados do avô Beraldo, que as incluiu em seu testamento, e passaram a usar o sobrenome dele, Toledo.
Apelidada Tia Sinhana ou Donana, Anna Victória ficou viúva cedo e morou por um tempo com seu filho Sebastião na Fazenda Pouso Alegre de Cima, localizada em Jaú, bem próxima a Brotas.
O jornal Correio Paulistano, de 14/5/1914, noticiando o falecimento dela, relata que, após enviuvar, Anna Victoria “assumiu a gerência dos negócios da família, revelando sempre um espírito atilado e diligente, vindo a falecer depois de colocá-los em próspera situação, tendo completado a educação de todos os seus filhos”. E informa mais: “Católica praticante, alimentou sempre sua fé com frequentes atos de caridade, conquistando muitos amigos e admiradores. A enfermidade pertinaz que há 5 meses a prendia ao leito arrebatou-a finalmente no domingo... Quando se propalou a notícia de seu falecimento, a Prefeitura Municipal, em sua homenagem, mandou suspender o concerto musical costumado do jardim público. Ao palacete da extinta, à rua Lourenço Prado, afluiu grande número de pessoas...”. Por fim, o periódico apresenta uma extensa lista de nomes de personalidades da sociedade jauense e parentes que se fizeram presentes no último adeus a ela.