Silva Leme, na Genealogia Paulistana, chama-o incorretamente de Gaspar Vaz Guedes.
No livro "Gaspar Vaz, fundador de Mogi das Cruzes", de Isaac Grinberg, consta o seguinte trecho: "O grande linhagista Silva Leme insistia em chamá-lo de Gaspar Vaz Guedes - e por isso é comum ver-se esse erro repetido. Verifica-se, entretanto, que em vida ele usou apenas Gaspar Vaz e que nunca adotou o último sobrenome que recebeu do pai."
No testamento de Francisca Cardoso, consta: "Declaro que sou casada com Gaspar Vaz meu legítimo marido...".
Gaspar era natural da capitania do Espírito Santo, e talvez já tenha vindo casado para São Paulo. Em 1593 registrou marca de gado. No ano seguinte, obteve data de chãos (lote de terras), comprou outras e construiu casas na vila. Foi almotacel em 1599 e juiz ordinário em 1600. Em 1608, morando já no sítio de Mogi, obteve carta de sesmaria. Em 1611, ano em que faleceu sua mulher, conseguiu juntamente com outros a criação da vila de Sant'Ana das Cruzes. Em 1628, com um filho e um genro, acompanhou Antônio Raposo Tavares na sua entrada ao Guairá (região situada no antigo território do Paraguai, que abrangia a quase totalidade do atual Estado do Paraná). Ainda era vivo em 1636. Gaspar Vaz é considerado o fundador de Mogi das Cruzes, SP, juntamente com seu sogro Brás Cardoso.