Comumente citado como "Domingos Luís, o Carvoeiro", dá princípio ao tít. Carvoeiros da Genealogia Paulistana, de Silva Leme. Foi Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo. Veio para São Vicente a cerca do terceiro quartel do século XVI, passando depois para São Paulo, onde foi cidadão influente. Foi nomeado Capitão dos Índios a 1563 e Procurador do Concelho em 1575. Contratou a construção da igreja, que estava a acabar em 1579. Nas atas da câmara de São Paulo, de 1579 em diante, Domingos Luís aparece com a alcunha de "Carvoeiro". Em 1583, obteve carta de chãos. Em 1584, tinha fazenda para o lado do Ipiranga, no caminho do mar. A 04-AGO-1585 foi nomeado almotacel, primeiro cargo da governança que exercia, conforme vem declarado na ata. Em 1594 era proprietário dos primeiros sobrados cobertos de telhas da Vila de São Paulo. Em 1596, foi suplente de vereador. Contratou, em 1598, em sociedade com Luis Álvares, a construção do corpo da igreja, e em 1600 o corte de carne. Já era abastado, tinha escravaria, sobrado defronte da igreja e importante fazenda. Nesta, Domingos e sua esposa haviam erigido uma capela sob a invocação de N. Sra. da Luz, que antes de 1598 transferiram para o Guarepe, dando origem ao nome do bairro da Luz, em São Paulo. No começo de 1607 exerceu a vereança, de que foi excluído por impedimento de parentesco. Em 1609 foi fintador para obras do concelho e tesoureiro da Santa Casa de Misericórdia, da qual foi provedor em 1610. Casou-se duas vezes, com descendência apenas do primeiro casamento.