Cavaleiro. Seria franco, originário de além-Pirineus e teria vindo a Portugal com os condes D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha, quando o rei Afonso VI de Leão e Castela os convidou para o esforço da Reconquista cristã dos territórios ao sul da Península Hispânica, premiando-os com vastos domínios e dando-lhes em casamento suas filhas Urraca e Teresa. O cavaleiro Uzberto teria, portanto, chegado à península entre 1086 e 1093. Considera-se que ele tenha acompanhado de perto o conde D. Henrique em suas ações bélicas e de povoamento, e bem assim o infante Afonso Henriques na batalha de S. Mamede (1128).
Há documentos que mencionam a permanência de Uzberto no Condado Portucalense datados de 1128 a 1142. Em 19 de novembro de 1136, após já ser beneficário da gestão tripartida da Herdade de Pedrógão (doada em maio de 1135), Uzberto é contemplado por Afonso Henriques com uma "carta de confirmação, de estabilidade e de foro" da vila e terras de Miranda do Corvo, fato que não é só uma prova de confiança pessoal, como ainda de suas reconhecidas qualidades miliares.
Uzberto foi pai de 4 filhos, dentre os quais sabe-se que Pedro e Maria (ou Mor) e os descendentes destes se ligaram por casamento a algumas das melhores famílias do Condado Portucalense.
Assim como aconteceu a outros estrangeiros que participaram da Reconquista cristã, o nome do franco Uzberto acabou por desaparecer no emaranhado de ligações familiares com a nobreza nortenha, de que nasceram — nos séculos seguintes — as principais famílias brasonadas da Beira, a ocidente do maciço central das serras da Estrela e Lousã.
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