Em Portugal, foi moço da Câmara da Casa Real. Passou ao Brasil e se estabeleceu em São Paulo, sendo dos mais antigos moradores dessa vila, onde em 1578 foi eleito Juiz Ordinário. Sua eleição foi contestada, mas ele tomou posse a 30-JAN-1579. Foram levantadas suspeitas de que Baltazar fosse cristão-novo. Ele, então, largou seu posto e retornou a Portugal para r eunir provas de ser ele cristão-velho, de conhecida e nobre linhagem. Foi a sua cidade natal, a fim de tirar um instrumento de pureza de sangue e de comprovação de filiação, e pede o mesmo instrumento que pertenceu a seu irmão Belchior de Moraes de Antas. Em seu caminho de volta, Baltazar passa por várias vilas, fazendo nelas o reconhecimento dos documentos: em Mogadouro a 14-NOV-1579, em Torre de Moncorvo a 23-NOV-1579, em Monxagate a 05-DEZ-1579, em Mirandela a 10-DEZ-1579, em Vila Pouca a 11-DEZ-1579, no Porto em 15-DEZ-1579, todas estas cidades em Portugal; em Funchal, na Ilha da Madeira, a 17-JUN-1580; e por fim na Bahia, a 23-NOV-1580, sendo esta a última notícia que se tem de Baltazar. Ele nunca registrou os documentos em São Vicente. Os papéis só foram registrados por seu filho Pedro de Moraes de Antas em 1600, quando declarou que Baltazar já era falecido. Na Genealogia Paulistana, de Silva Leme, Baltazar de Moraes de Antas é o tronco do título Moraes. A informação d e que teria sido primeiro casado com Maria da Fonseca é incorreta; Maria foi esposa do irmão dele, Belchior. Baltazar casou-se apenas com Brites Rodrigues Anes.