Veio a Pernambuco junto com o cunhado Duarte Coelho Pereira, donatário daquela Capitania, este casado com Brites de Albuquerque, irmã de Jerônimo. Recém-chegado a Pernambuco, durante uma das lutas que teve de enfrentar contra os índios tabajaras, Jerônimo levou uma flechada e perdeu um dos olhos. Após esse incidente, ficou conhecido pelo apelido de "o Torto". Ferido, prisioneiro e condenado à morte pelo cacique (morubixaba) dos tabajaras Ubira Ubi (que quer dizer Arco Verde), Jerônimo foi salvo pela intervenção da filha do cacique, a qual se apaixonou por ele e o quis como marido. O casamento selou a paz entre os tabajaras e os colonizadores portugueses. Dessa união nasceram 8 filhos. Jerônimo teve mais 5 filhos de outras mulheres brancas e índias, todos por ele reconhecidos, e lhe são atribuídos ainda mais 11 filhos, cujas mães os historiadores não identificaram. Em 1562, em obediência a uma carta-intimação da rainha D. Catarina de Portugal, casou-se com a portuguesa Felipa de Mello. (Segundo D. Catarina, sendo ele sobrinho de Afonso de Albuquerque, descendente de reis, não deveria, como o rei Salomão, manter "trezentas concubinas".) Do casamento com Felipa nasceram mais 11 filhos. Assim, Jerônimo de Albuquerque teve ao que se sabe 35 filhos, entre legítimos e legitimados, o que lhe valeu o apelido entre os historiadores brasileiros de "Adão Pernambucano". Em suas terras, nas proximidades de Olinda, fundou o primeiro engenho de açúcar de Pernambuco, o engenho Nossa Senhora da Ajuda, depois denominado Forno da Cal. Jerônimo de Albuquerque muito contribuiu para a prosperidade colonial da região nordeste do Brasil e, devido a sua prole numerosa, vem a ser antepassado de grande parte dos pernambucanos, e mesmo dos brasileiros.