O genealogista Silva Leme informa que Francisco seria natural da capitania do Espírito Santo.
Conceição Borges Ribeiro informa que "em fins do século XVII e princípios do século seguinte, Francisco foi proprietário de terras no bairro das Pitas, na atual cidade de Aparecida, SP" e que já era falecido em 1726.
Não se conhece a ascendência de Francisco e ignora-se a razão de suas duas filhas terem adotado o sobrenome RANGEL.
Marcelo Bogaciovas, em seu livro (pgs. 233-236), apresenta o que poderia ser uma pista. Em 12-AGO-1715, um certo Francisco Nunes da Costa (provavelmente parente deste), escrivão da Amotaçaria e meirinho dos Contos, ao ser preso no Rio de Janeiro pelo Tribunal do Santo Ofício por judaísmo, informou ter 73 anos (portanto teria nascido a cerca de 1642) e ser natural da cidade do Rio de Janeiro, e batizado na igreja da Candelária. Declarou ser filho de Gabriel Rodrigues, natural da cidade de Lisboa, mercador, e de Isabel Rodrigues, cristã-nova, natural da cidade de Zamora (Castela), de onde o dito Gabriel Rodrigues a furtou para se casar com ela, como realmente se casou, e foram moradores na cidade do Rio de Janeiro. Declarou mais que sua mãe fora de Zamora para Portugal com a idade de 14 anos. Dos avós maternos, sabia apenas que eram mercadores, de quem seu pai comprava fazendas. Ignorava os nomes dos avós paternos. Declarou ainda que, por parte de sua mãe teve dois tios, Antônio Pardo e Luís Pardo. Este Francisco Nunes da Costa, que foi preso, era casado com a cristã-velha Joana das Neves Rangel. Além deste Francisco, pelo menos outros catorze membros de sua família foram presos pelo Tribunal do Santo Ofício.
Se o Francisco Nunes da Costa (marido de Lucrécia) foi parente deste outro Francisco Nunes da Costa (preso por judaísmo e cuja esposa tinha o sobrenome Rangel), isso poderia explicar o sobrenome Rangel usado por suas duas filhas. Por enquanto, ele é fim de linha.