Amorese, Helou, Martins, Ridolfo & Toledo Family Tree - Person Sheet
Amorese, Helou, Martins, Ridolfo & Toledo Family Tree - Person Sheet
NameMassarra Helou 1, 15538
Notas
Massarra e Ibrahim Sleiman Helou possuíam terras agrícolas perto de Homs.
Certo dia, o trisavô Ibrahim com seus irmãos e filhos (crescidos) encontravam-se fora de Machta na inspeção agrícola dessas terras.
Então a trisavó Massarra era a "chefe" da família em Machta e ela acolheu em sua casa um homem que estava sendo perseguido por um bando de homens que queriam matá-lo, como vingança por um assassinato.
De acordo com os costumes, as famílias possuíam um cômodo (manzul) para dar abrigo por 3 dias às pessoas de passagem. Além disso, ninguém entrava nas residências se não fosse convidado.
Quando os perseguidores chegaram à casa da nossa família, eles intimaram a nossa trisavó Massarra a entregar o fugitivo. Mas ela recusou porque ela havia concedido abrigo e, pelos costumes, um hóspede passa a ter proteção da família que o acolhe.
Como a residência familiar era inviolável, o chefe do bando resolveu chantagear Massarra. Pega o bisavô Haikal, que estava ali brincando e o ameaça de morte.
Massarra não cedeu, porque a acolhida a um hóspede era um dever sagrado.
Nisso, ao longe, avistam-se cavaleiros chegando. Estes eram o trisavô Ibrahim com seus irmãos e filhos.
O bando parte, mas leva o Haikal. O chefe do bando estava decidido a matá-lo, mas um dos integrantes convence o chefe em libertar a criança.
Então o chefe solta o Haikal, após cortar uma mecha do seu cabelo. Este ato tinha como simbologia que a promessa de matá-lo tinha se efetuado, porque o corte da mecha do cabelo significava que a cabeça da criança tinha sido cortada.
Uma vez libertado, o bisavô Haikal correu para os braços aflitos de sua mãe que, de maneira corajosa, honrou com as nobres tradições de uma fidalga anfitriã. — Relato de Claudia Maria Helou.
Spouses
Nasc Dateca 1830
Nasc PlaceMachta Al-Helou, Tartous, Síria
FatherSleman Saman Helou , 309 (ca1800-)
Notas
Meu avô Ibrahim Sleiman Helou, possuía diversas fazendas, entre elas a denominada Muchrefe, perto de Homs, onde, com os filhos, e irmãos passavam o tempo da safra de cereais.
É costume entre os árabes que o chefe ou sheik da família, tenha um cômodo "manzul", para acolher pessoas de passagem pelo povoado, e fornecer-lhes comida e cama, gratuitamente, durante três dias; findo este prazo e não antes, pergunta-se à pessoa hospedada de que precisa, a fim de prestar-lhe o auxílio necessário.
Aconteceu certo dia, de meu avô, irmãos e filhos estarem ausentes, no campo, inspecionando os serviços agrícolas. De repente uma pessoa ofegante e suando, prostrou-se aos pés de minha avó Massarra, solicitando proteção, porque um bando de homens armados corriam no seu encalço, para matá-lo, como vingança de assassinato. Ela, minha avó, mandou-o entrar na casa. Não tardou muito, apareceram os perseguidores, e à minha avó intimaram entregar o fugitivo para que o matassem.
É costume oriental a residência familiar ser inviolável; ninguém entra nela pela força.
A minha avó respondeu: terminantemente não entrego o hóspede fugitivo, que está sob a proteção da hospitalidade. De modo algum transigirei esse dever sagrado.
O filho Haikal (meu pai), ainda criança de poucos anos, estava brincando. Os patifes pegaram-no e disseram: juramos por Deus: se não entregares o fugitivo, mataremos este menino (sabiam que o menino era filho da protetora). Ela respondeu: absolutamente não transijo o meu dever de hospitalidade, mesmo com o risco de perder o meu próprio filho. De repente, apareceram, vindo de longe, uma multidão de cavaleiros: meu avô, irmãos e filhos. Percebendo isto os vingativos retiraram-se em direção oposta, fugindo e levando consigo o menino Haikal. A uma certa distância, um deles perguntou ao chefe do bando: Que vai fazer do menino? Respondeu: cumprir o juramento, matá-lo. O outro retrucou: se fosse teu filho, na situação deste menino, que terias feito? Respondeu: que horror! não permitira. Mandou soltar o menino, depois de cortar-lhe a mecha de cabelos, julgada como parte da cabeça. Assim agindo, foi satisfeito por ter cumprido o juramento.
O menino solto correu para os braços da mãe aflita.
Este feito heroico de uma mãe, parece lendário, mas é histórico e até os nossos dias, é contado, de geração em geração, em Machta e arredores, como glória admirável da corajosa e nobre matrona Helou. — Bourhan Helou.
Family ID242
ChildrenHaikal Ibrahim Sleiman , 101 (1850-1936)
Last Modified 19/2/2022Created 20/6/2024 using Reunion for Macintosh
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