Chamado "O Nobre" ou "O das Navas". Foi rei de Castela e de Toledo, desde 1158 até sua morte.
Em 1157, seu avô, o rei Afonso VII, faleceu e, à hora da sua morte, dividiu o reino entre os dois filhos, legando Castela ao seu primogênito Sancho (pai de Afonso VIII) e Leão ao outro filho, Fernando. Sancho III de Castela morreu em agosto de 1158, aos 23 anos. Afonso, o único filho legítimo do jovem rei, subiu ao trono com apenas 3 anos de idade.
O jovem Afonso VIII serviu de joguete nas mãos dos dois grandes partidos nobiliárquicos que disputavam o poder em Castela: os Lara e os Castro. Além disso, seu tio Fernando II de Leão reclamava igualmente a regência do reino, situação que quase conduziu a uma guerra civil. Assim, desde muito cedo Afonso VIII teve de lutar por seu trono.
Ele é lembrado principalmente por seu papel na chamada Reconquista, levando à queda do Califado Almóada (estabelecido ao sul da Penínsual Ibérica desde meados do século XII). Depois de uma pesada derrota na Batalha de Alarcos (1195), Afonso VIII liderou uma coligação de forças cristãs na Batalha de Navas de Tolosa (1212), evento que marcou o início da supremacia cristã na Península Ibérica.
O seu reinado também foi marcado pelo domínio de Castela sobre Leão e pela aliança com Aragão, tornando o seu reino o mais poderoso da região.
Aos 15 anos, Afonso VIII casou-se com sua noiva Leonor de Inglaterra, que tinha 8 anos de idade. O casamento teria ocorrido em Burgos ou Taraçona (na atual Espanha). O casal teve 10 filhos.
A corte de Afonso VIII teria sido um importante instrumento cultural, acolhendo trovadores e sábios, especialmente por influência de sua esposa Leonor.
Ambos, Afonso e Leonor, foram sepultados no Mosteiro de Las Huelgas, em Burgos (na atual Espanha), panteão dos reis de Castela.