Foi um rico-homem do reino de Portugal, nas cortes dos reis D. Sancho I, D. Afonso II e D. Sancho II. Entre 1202 e 1235 foi tenente [um governante] de diversas localidades: Godim, Penaguião, Covilhã, Bragança, Gouveia, Baião, Beira, Lamego.
Ponço participava da vida na corte, quando em 1211 faleceu o rei Sancho I. Os primeiros anos do reinado do sucessor, Afonso II, foram marcados por violentos conflitos internos entre o rei e suas três irmãs, por conta do testamento do pai. A maioria dos nobres se empenhava em fazer cumprir as últimas vontades do monarca anterior, apoiando as três infantas-rainhas. Ponço, juntamente com seu sogro e outros nobres, manteve-se ao lado do novo monarca.
Ponço se casou, em data desconhecida, com Mor Martins de Riba de Vizela, uma rica-dona que havia sido amante de D. Afonso II. A escolha para esposa de uma antiga amante do rei parece confirmar a dedicação que Ponço demonstraria à corte, por meio de vários servilismos e talvez até adulações.
A influência de Ponço viria a aumentar com a morte de Afonso II, pois ele integrou o grupo de magnatas encarregado da tutela do herdeiro, o pequeno Sancho II, e da administração do reino durante a menoridade do novo rei.
Ponço foi o fundador da povoação de Águas Belas (Sabugal), deixando essa vila à sua filha Estevainha.