Foi o segundo filho de seus pais, dos quais herdou terras na região do rio Vouga, onde se incluía a localidade de Eixo, na qual residiu e da qual vem o seu cognome: era conhecido como "o de Eixo". Possuiu também outros importantes bens no Entre-Douro e Minho e na Beira. Foi um Rico-homem do Reino de Portugal, tendo vivido durante os reinados de três reis: D. Sancho I, D. Afonso II e D. Sancho II. Foi senhor de Vilar de Maçada. Foi também um trovador português da fase inicial da poesia medieval ibérica.
Após a morte do rei D. Sancho I de Portugal, a execução das disposições de seu testamento geraram diversos conflitos que envolveram o herdeiro do trono, D. Afonso II, e também o irmão mais velho de Garcia Mendes de Sousa, Gonçalo (o qual era o senhor da Casa de Sousa), além de vários outros nobres.
A posição de Gonçalo e dos Sousas teve consequências imediatas. Gonçalo perdeu seu cargo de mordomo-mor e chegou mesmo a participar de uma guerra contra o rei Afonso II. O conflito foi encerrado com a intervenção do Papa, mas os Sousas seriam renegados durante todo o reinado de Afonso II, tendo deixado Portugal e buscado refúgio em outras cortes peninsulares (Leão, Aragão ou Galiza).
A morte prematura de Afonso II, em 1223, permitiu o regresso de vários membros da família dos Sousas, aproveitando a menoridade do herdeiro, Sancho II de Portugal, para readquirirem influência. Garcia Mendes de Sousa, porém, havia regressado antes. Seu nome é citado em documentos já em 1217.
A sucessão no senhorio da Casa de Sousa teve algumas reviravoltas. O irmão mais velho de Garcia, Gonçalo Mendes II de Sousa, senhor da Casa de Sousa, teve apenas um filho varão, mas que faleceu antes do pai, deixando somente uma filha. Sendo assim, o sucessor de Gonçalo seria seu irmão Garcia. Este, entretanto, faleceu antes do irmão (Garcia faleceu em 1239, Gonçalo, em 1243). O sucessor de Gonçalo Mendes II de Sousa no senhorio da Casa de Sousa foi, então, o seu sobrinho, filho primogênito de Garcia, D. Mem Garcia de Sousa.