De alcunha "o Bom". Foi um importante rico-homem português dos meados do século XIII.
Seu casamento com Inês Fernandes de Castro fez parte de uma rede de alianças matrimoniais, que proporcionou o estreitamento de relações entre os Soverosas e as igualmente importantes famílias Girão, Castro e Gusmão, objetivando o fortalecimento do poder e influência das famílias. 
Durante dois anos (1245-47), ocorreu uma guerra civil em Portugal em que foi afastado o rei D. Sancho II de Portugal para ser substituído por seu irmão, o conde Afonso de Bolonha. Em 1245, embora o conde ainda não estivesse em terras portuguesas, as tropas condais formadas por seus apoiadores enfrentaram as tropas régias (leais a Sancho II), estas capitaneadas por Martim Gil. Esta batalha ficou conhecida como a "Lide do Porto". A sorte caiu para o lado de Martim, que é relembrado nas fontes genealógicas como "o que venceu a lide do Porto". Entretanto, Sancho II foi mesmo deposto e Martim Gil foi um dos que acompanharam o rei ao exílio em Castela, em 1247. Ali, Sancho II faleceu no ano seguinte. Martim Gil permaneceu em Castela, distanciado da corte até a morte do rei D. Fernando III de Leão e Castela, em 1252. Quando o filho deste, Afonso X, assume o trono, Martim Gil experimenta nova ascenção de influência e poder na corte. A presença de Martim Gil junto ao monarca estende-se até 1260, ano em que terá falecido.