A história da família Bicudo começa na paradisíaca e linda Ilha de São Miguel, a maior das ilhas do arquipélago dos Açores, que integra o território de Portugal. Em diversas ocasiões a ilha foi importante centro comercial e ponto de partida de muitos colonos que chegaram ao Brasil.
Numa época de relativa paz para os judeus, os Bicudos exerceram cargos burocráticos para a coroa portuguesa. É o caso do conhecido patriarca sefardita Vicente Anes Bicudo, que foi escrivão da coroa na Vila de Ribeira Grande (ilha de S.Miguel). Vicente casou-se com a cristã-velha Mécia Nunes e tiveram 9 filhos. Um deles, Matias Bicudo, foi espião do reino, um tipo de James Bond lusitano do século XVI.
Vicente foi também Capitão da 1ª Companhia. Sabe-se que teria havido um incêndio em sua casa e cartório na Ribeira Grande, em que foram queimados todos os papéis do cartório. Vicente faleceu sem testamento, por estar fora de seu juízo por muito tempo.
Ele foi, talvez, parente de Catarina Pires Bicudo, mas não se conhece a ascendência de Vicente. Fim de linha.