Egas Moniz é citado nas documentações do Condado Portucalense pela primeira vez em 1102. Provando ser um servidor fiel e confiável, os condes Henrique da Borgonha e sua esposa Teresa de Leão, em agradecimento, lhe doam terras.
Tempos depois, como prova de confiança, Egas Moniz recebe a incumbência de criar e educar o pequeno Afonso Henriques, o herdeiro, aquele que um dia viria a suceder seus pais à frente do Condado Portucalense. Por realizar tão importante tarefa, Egas Moniz é comumente citado com uma alcunha: "Egas Moniz, o Aio".
O Condado Portucalense, apesar de ser governado por Henrique e Teresa de fato, era nominalmente dependente (de jure) do Reino de Leão e Castela, então regidos pelo autointitulado "Imperador" Afonso VI de Leão e Castela (pai de Teresa), este já nos últimos anos de vida. Ao falecer Afonso VI em 1109, seria sucedido pelo herdeiro mais velho sobrevivente, ou seja, sua filha Urraca de Leão e Castela, a qual já era viúva de seu primeiro marido, o Conde Raimundo da Borgonha, que faleceu antes do sogro (1107).
Depois da morte do conde Henrique (1112), Teresa passou a governar o Condado Portucalense, e revoltou-se contra sua irmã Urraca, agora rainha de Leão e Castela. Teresa chegou a intitular-se Rainha de Portugal. Após a morte de Urraca (1126), quem a sucede é seu filho Afonso VII, que readota o título de "Imperador", e tenta impedir a tendência de autonomia do Condado Portucalense.
Então, grandes mudanças ocorrem em Portugal com o surgimento de dois magnatas galegos, os irmãos Bermudo Peres de Trava e Fernão Peres de Trava. A influência que passaram a exercer sobre Teresa foi forte o suficiente para afastar Egas Moniz de seus cargos. Fernão tornou-se amante de Teresa, e agia como se fosse um "príncipe consorte". Teresa protagonizou uma tal submissão a seu sobrinho Afonso VII de Leão e Castela, que Egas Moniz percebeu que o interesse dos dois galegos era travar a marcha de libertação portuguesa, e Teresa estava se deixando enredar nesse ardil.
Egas Moniz era o cabeça da irrequieta nobreza portucalense e guardião do futuro de Portugal, na pessoa do infante Afonso Henriques. Vendo esse futuro ameaçado, Egas Moniz coloca todas as esperanças em seu protegido. Apoiou-o na luta contra Teresa e Fernão e em outras batalhas pela independência de Portugal.
Em 1132, Egas Moniz era o "prudentíssimo conselheiro " do infante Afonso Henriques. Em 1134, já era mordomo-mor na corte.
Em 1146, Afonso I já era rei de Portugal e Egas Moniz já havia se retirado das funções na corte para suas propriedades, quando veio a falecer.
Foi casado duas vezes, com geração de ambos os casamentos.