Ramiro II reveste-se de particular importância para a história portuguesa. Ele foi o primeiro (mesmo que por breve período de tempo – desde 925, quando ainda em disputas com o irmão Afonso IV, até 931, um ano após a subida ao trono) a intitular-se rei da terra portucalense. Trata-se do reconhecimento pleno da existência de uma terra portucalense, que já se vinha firmando desde 868, com a conquista de Vímara Peres e a formação de sua casa condal à frente dos destinos da mesma.
Em 931, sucedeu a seu irmão Afonso IV como rei Ramiro II de Leão.
Em 933, ele derrotou as tropas do califa Abd al-Rahman III de Córdoba (ou Abderramão), em Osma. No entanto, o califa contra-atacou e, após a humilhante paz imposta ao reino de Pamplona em 934 e o saque de Burgos, em Castela, derrotou o rei Ramiro e obrigou-o a concordar com uma posição de neutralidade enquanto os muçulmanos sitiavam Zaragoza em 935.
Em 939, o rei Ramiro II de Leão foi o responsável pela coligação das forças de Pamplona, Leão e Aragão contra os muçulmanos, derrotando-os na batalha de Simancas. A vitória aumentou o prestígio do rei Ramiro, que conseguiu ampliar o território de Leão no vale de Tormes, repovoando Salamanca e Ledesma com colonos cristãos, e conseguiu também firmar um tratado de paz com o califa.
Embora as forças muçulmanas tenham feito avanços consideráveis na Galiza a partir de 947, o rei Ramiro foi novamente vitorioso em Talavera em 950.
Ramiro foi sucedido por seu filho Ordonho III de Leão.
Ele foi casado duas vezes, com geração de ambos os casamentos. A ele são atribuídos outros relacionamentos que geraram filhos, porém há pesquisadores que questionam essas informações.