Almodis casou-se 3 vezes. Do primeiro casamento teve 3 filhos, porém seu marido se divorciou alegando consanguinidade, e logo providenciou que Almodis se casasse segunda vez, com Pôncio de Toulouse. Este matrimônio durou cerca de dez anos, e dele nasceram pelo menos 4 filhos. Então, o conde Raimundo Berengário I de Barcelona raptou Almodis, em Narbona, com a ajuda de uma frota de navios enviada por seu aliado, o emir muçulmano de Tortosa. Apesar de os cônjuges de ambos ainda estarem vivos, Raimundo se casou com Almodis em 1052, após repudiar sua segunda esposa, a condessa Branca de Narbona. No ano seguinte, nasceram os filhos gêmeos de Raimundo e Almodis. Branca apelou ao Papa e, com o apoio da avó de Raimundo, a condessa Ermesinda, obteve do Papa a excomunhão para Raimundo e Almodis, fato que provocou uma guerra, que não se resolveu até 1057. A excomunhão de ambos se manteve até 1065, sendo então levantada e o casamento foi legalizado. Dessa união nasceram 2 filhos e 2 filhas.
Almodis manteve contato com seus ex-maridos, enquanto vivos, e com os filhos dos primeiros casamentos. Os meios-irmãos apoiavam-se uns aos outros em campanhas militares. Três filhos dela – um de cada casamento – foram cruzados.
Tal como a avó de seu marido (a condessa Ermesinda de Carcassone), Almodis presidia a julgamentos em Barcelona, e os juízes lhe prestavam juramento de fidelidade. Ela participou da elaboração de um tratado sobre direitos básicos e leis fundamentais (o “Usos de Barcelona”, documento que deu os fundamentos para as futuras Constituições catalãs) e foi uma ativa pacifista, governando aquele estado feudal juntamente com o marido.
Nas Cortes de 1064, Raimundo e Almodis passaram a se intitular Príncipes da Catalunha. Tal principado, na época, apenas abarcava os condados de Barcelona, Ausona e Girona. Futuramente, outros condados seriam abarcados, até a união dinástica da Catalunha com o reino de Aragão (efetuada em 1150 pelo casamento de seu bisneto, o conde Raimundo Berengário IV de Barcelona, com Petronila, a herdeira do trono de Aragão).
Do primeiro casamento de Raimundo Berengário I, apenas um filho chegou à idade adulta, Pedro Raimundo, que era o herdeiro do pai. O jovem Pedro aparentemente se ressentia da influência de Almodis e acreditava que ela manobrava, de modo a que seus dois filhos gêmeos fossem os sucessores de Raimundo Berengário I. Pedro acabou por matar a madrasta em outubro de 1071 e, por esse crime, foi deserdado e exilado. Quando o pai morreu, em 1076, os filhos gêmeos de Almodis foram os herdeiros.