Também citado como Mendo Gutierres. Foi uma figura importante da nobreza portucalense, membro da cúria régia do rei Afonso III das Astúrias. Foi conde de Tuí (na Galiza) e do Condado Portucalense.
Em 878, as tropas do rei Afonso III das Astúrias, comandadas pelo conde Hermenegildo, entraram em confronto com as forças muçulmanas, lideradas pelo emir Muhammad I de Córdoba, que iniciaram um ataque ao Porto. O emir reagiu rápido e cercou a Hermenegildo, que resistiu bravamente até a chegada de reforços. Depois de derrotarem as forças do emir e expulsarem os habitantes muçulmanos de Coimbra e do Porto, as tropas cristãs, lideradas por Hermenegildo, ocuparam e repovoaram estas e outras cidades, como Braga, Viseu e Lamego. Hermenegildo passou à história como o repovoador de Coimbra.
(Em 987, as cidades de Coimbra, Lamego e Viseu foram de novo conquistadas pelo líder militar muçulmano Almançor, e somente em 1064 estas cidades foram definitivamente reconquistadas pelo rei Fernando I de Leão “o Magno”.)
Hermenegildo atuou, ainda no ano 878, como juiz em Astorga, juntamente com seu sogro, o conde Gaton.
Em 881, Hermenegildo participou de um ataque, liderado por Afonso III, até Mérida. Em 887, o conde Hermenegildo derrotou, em nome do rei, a rebelião do conde Vitiza da Galiza, com cujos bens ficou.
A grande proximidade de Hermenegildo ao rei propiciou que sua filha, Elvira, se casasse com Ordonho, filho de Afonso III. O jovem casal viria posteriormente a governar os reinos da Galiza e de Leão.
Após a morte de Afonso III, o conde Hermenegildo serviu ao seu filho Garcia em Leão, e ao outro filho Ordonho, seu genro (primeiro na Galiza e depois também em Leão).