De alcunha “o Grande” ou “o Magno”. Ele sucedeu a seu pai, em 866, como rei Afonso III das Astúrias.
Em 867, dominou uma revolta dos bascos, em Álava, e outra na Galiza. Em 868, por meio de Vímara Peres, Afonso conquistou a cidade do Porto e promoveu o repovoamento do Condado Portucalense, o que foi um marco histórico para o futuro de Portugal. De fato, a partir desta conquista, Vímara Peres tornou-se o primeiro conde de Portucale.
Afonso III ordenou a redação de suas crônicas, em que apresenta o Reino das Astúrias como herdeiro do Reino visigótico.
Entre 875 e 883, as lutas contra os omíadas de Córdoba foram constantes. Em 878, o exército do rei Afonso III, com o conde Hermenegildo Gutierres no comando, conquistou a cidade de Coimbra e o correspondente Condado Conimbricense.
No mesmo ano, Afonso conseguiu uma grande vitória sobre o emir Muhammad I de Córdoba no vale de Valdemora. O emir foi forçado a pagar um resgate e assinar uma trégua de três anos. Foi a primeira vez que Córdoba pediu a paz. Os dois consideraram a trégua como um parêntese, preparando-se para o próximo ataque.
Afonso mudou sua capital de Oviedo para Leão, após o que o reino passou a ser conhecido como “Astúrias e Leão”.
O rei havia enviado seu filho Ordonho para Zaragoza, a fim de que fosse educado com os Banu Cassi. Em 882, o emir de Córdoba atacou Zaragoza. Houve uma troca de prisioneiros e os muçulmanos se retiraram. Eles repetiram a campanha em 883 com o mesmo resultado. Em 884, Muhammad I e Afonso III assinaram a paz, visto que ambos começaram a ter sérios problemas internos.
Em 905, aliado ao conde de Pallars, Afonso III deu um golpe que conseguiu derrubar Fortun Garcês e instalar um navarro, Sancho Garcês I (sobrinho do conde) no trono pamplonês.
Afonso III reinou por 44 anos. Quando faleceu, depois de ter ampliado seu reino com extensos territórios, ele dividiu seus domínios entre os três filhos, ficando o Reino de Leão para Garcia, o Reino da Galiza para Ordonho e as Astúrias para Fruela.