Pedro Dias é o tronco do título Dias da Genealogia Paulistana, de Silva Leme. Era português, pertencente à família Parente Dias Velho. Veio de Portugal para São Vicente como irmão leigo da Companhia de Jesus. Passou para São Paulo, no princípio de sua fundação, em 1554, com outros padres jesuítas, que então formaram o colégio de Piratininga. Foi desligado dos votos da ordem, por Santo Ignacio de Loyola, para que pudesse se casar. Foi casado duas vezes, primeiro com Maria da Grã e, após enviuvar, casou com Antonia Gomes da Silva, com geração de ambos os casamentos. Após o primeiro casamento, Pedro Dias morou em Santo André, onde esteve em ajuntamento em 1558. Passou depois para São Paulo, onde foi prestante cidadão, ocupando diversos cargos na governança da terra. Foi tabelião em 1560; encarregado, com outros moradores, do trabalho de fortificações, em 1562; escrivão da câmara em 1572; almotacel em 1576, 1581 e 1586; alcaide em 1577; contador, distribuidor e inquiridor em 1578; juiz ordinário em 1580; e novamente escrivão da câmara, de 1587 a 1589. Em 1584, assim como os seus filhos, tinha fazenda da banda da ponte grande. Não se conhece a ascendência de Pedro Dias.