Ele é referido como “morador velho e antigo” da Capitania. Casou-se duas vezes, a primeira vez com a viúva Madalena Afonso e a segunda vez com Francisca Cubas (Silva Leme incorretamente cita os casamentos de maneira invertida).
Afonso Dias foi da governança de São Paulo, tendo exercido na Câmara os cargos de procurador do concelho em 1585, 1586 e 1587, vereador em 1591, almotacel em 1590 e 1592 e foi nomeado meirinho do campo em 1590, 1592 e 1594. Conforme requerimento, obteve da Câmara, em 1583, uma data de chãos, limitando com a casa que possuía na vila sua primeira mulher, Madalena Afonso. Em 1588, justificando ser casado, com filhos e filhas, e ter ajudado a defender e sustentar a Capitania, recebeu da Câmara outra data de terras para lavouras e gados. Segundo os autores, seguiu como sertanista nas expedições do Cap. Mor Jeronimo Leitão a Paranaguá, em 1585, e ao vale do Tietê, em 1590, dirigidas contra os gentios carijó e tupi. Por morte de Madalena Afonso, herdou terras junto com seus enteados, as quais vendeu em 1602, reservando a parte dos enteados e filhos.
Há indícios de que ele descendia de João Ramalho [1], por causa dos sobrenomes usados por seus descendentes, mas não há certeza se seria um filho ou neto do dito João Ramalho. Fim de linha.
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[1] João Ramalho foi um dos primeiros povoadores portugueses a chegar ao Brasil. Ele já se achava nesta terra quando, em 1532, Martim Afonso de Sousa desembarcou em São Vicente com sua gente para ali estabelecer, como donatário da capitania, uma povoação. João Ramalho facilitou, como medianeiro e intérprete, o contato dos portugueses com os indígenas, pois possuía influência e prestígio por viver maritalmente com a filha do chefe Tibiriçá, chamada Bartira ou Mbcy, a qual, após receber o batismo cristão, foi chamada Isabel Dias. João Ramalho deixou numerosa descendência, que ainda hoje é objeto de estudo.