Originalmente chamado Johanes Marti.
Morava na cidade de São João do Rio Claro, SP.
Os oficiantes do casamento de Maria Úrsula e João Martins foram, conforme certidão de casamento, transcrita por João Batista Martins Neto, Jacobe Helbig e Abraham Gob, em igreja evangélica.

Eis a transcrição da certidão de casamento, na íntegra:

Os jovens, João Martin, de profissão Ferreiro, de religião protestante, nascido em 12 de Janeiro de 1850, em Matt, no Cantão Glarus, na Suissa (sic), residente na cidade de São João do Rio Claro, filho legítimo de Fridolin Martin e de Anna Martin e Maria Ursula Bataglia, nascida aos 22 de Maio de 1851, em Don Lerges, no Cantão dos Grisões, na Suissa, filha legítima de João Bataglia e Maria Magdalena Dreher, se receberam em matrimonio e foi o ato religioso celebrado em conformidade ao decreto número 3069 de 18 de Abril de 1863, hoje no dia 15 do mês de Outubro do ano de 1870, às 5,00 horas da tarde, na casa situada à rua do comércio nº 33, na presença de Jacobe Helbig e Abraham Grob de conformidade com o rito da igreja Evangélica.
Matrimonio ocorrido no dia 15 de Outubro de 1870, assinado sobre o selo do Império do Brasil (200 Reis), registrado no dia competente na Secretaria da Comarca de São João de Rio Claro, em 31 de Outubro de 1870.

Suíços e Alemães em São Paulo

Na lista de colonos suíços-alemães vindos de Hamburgo na barca dinamarquesa Amerika, entrada em Santos em 24 de agosto de 1855, consta:

"Fried Marty e Anna – Fridolin, Barbara, Catharina, Matheus, Elisabeth, Verena e Johanes - Matt C. Glarus;(1)

Já na relação dos colonos de Boa Vista, em Amparo, SP, na década de 1850, contam:

Fridolim Marty (Engi - C. de Glarus) e Anna – Catharina, Matheus, Elisabeth, Verena e João, e Fridolim Marty Filho (Engi - C. de Glarus) e Maria.(2)

A data de imigração do pai de Úrsula Martins, Johann Bataglia, depois chamado João Bataglia, de acordo com o Contrato de Emigração, de Rhäzüns Sheid para o Brasil é 17/09/1854. Se eles viajaram naquele mesmo ano, Úrsula tinha 4 anos, pois nasceu, na Suíça, em 1851.

A Wikipedia registra, a respeito, que a cidade de Amparo, SP. nos anos de 1850, recebeu apenas imigrantes suíço-alemães para trabalharem nas fazendas de café. Calcula-se que em 1860, a cidade de São Paulo teria 30 mil habitantes, dos quais 10% seriam alemães.

Porém, por essa época começaram a chegar à Europa os protestos de vários imigrantes, principalmente os alemães e suíços, que escreviam aos parentes e até às autoridades de seus países, denunciando que os fazendeiros paulistas tratavam os lavradores ainda como escravos. As acusações eram tão graves, que muitos governos proibiram a emigração para o Brasil. Na Alemanha, essa proibição foi feita pelo famoso Ato Heydt, que só foi revogado em 1896 - assim mesmo fazendo restrições ao Estado de São Paulo, e permitindo a imigração apenas para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.[6]

Na própria Fazenda Ibicaba, os colonos, liderados por Thomas Davatz, questionaram os valores de pesagem das sacas de café pelo Senador Vergueiro, bem como os critérios para a divisão dos lotes de terra. O forte descontentamento resultou num levante armado na fazenda, conhecido como Revolta dos Parceiros, que necessitou da intervenção de forças policiais para estabilizar a situação.

Com isso, muitos acabaram saindo e procurando as grandes cidades ou o litoral, onde se aventuraram em outros setores, como agências marítimas, exploração de trapiches e exportação. Muitos foram trabalhar na construção de estradas de ferro e nas primeiras indústrias que surgiam pelo Estado.(3)14

“Os jovens, João Martin, de profissão Ferreiro, de religião protestante, nascido em 12 de Janeiro de 1857, em Matt, no Cantão Glarus, na Suíça, residente na cidade de São João do Rio Claro, filho legítimo de Fridolin Martin e de Anna Martin, e Maria Ursula Bataglia, nascida aos 22 de Maio de 1851, em Don Lerges, no Cantão dos Grisões, na Suíça, filha legítima de João Bataglia e Maria Magdalena Dreher, se receberam em matrimônio e foi o ato religioso celebrado em conformidade ao Dec. nº 3.069, de 18 de Abril de 1863, hoje, no dia 15 do mês de outubro do ano de 1870, às 5 horas da tarde, na casa situada à rua do comércio nº 33, na presença de Jacobe Helbig e Abraham Grob de conformidade com o rito da igreja Evangélica.
Matrimônio ocorrido no dia 15 de outubro de 1870, assinado sobre o selo do Império do Brasil (200 Réis), registrado no dia competente na Secretaria da Comarca de São João de Rio Claro em 31 de outubro de 1870”. (Extraído da certidão de casamento de João e Úrsula, por Franklin Martins Neto)

Na certidão de óbito de João Martin consta que faleceu em 10 de janeiro de 1921, com 72 anos de idade. É por esta razão que registrei seu nascimento em 12 de janeiro de 1948. A considerar a data de nascimento acima, ele teria contraído matrimônio aos 13 anos de idade.