Foi filho ilegítimo do rei de Portugal D. Afonso III. Recebeu de seu pai o couto [terra livre de impostos] e a torre de Santo Estevão, propriedade da família real no termo desta vila. Foi beneficiado com 1000 libras no testamento de seu pai (1271), de quem recebeu ainda outros bens, incluindo um senhorio em Santarém. A 1272, seu pai deu-lhe de juro e herdade, para ele e seus descendentes legítimos, os bens em Santarém que tinham sido de seu meio-irmão falecido, Rodrigo Afonso. Foi um Rico-homem [o grau mais elevado da nobreza; quem tinha este título possuía muitos bens, usava o titulo de Dom e ocupava os principais cargos públicos] na corte de seu meio-irmão, o rei D. Dinis. Casou-se com Inês Lourenço de Valadares, de cuja família veio o sobrenome Sousa à sua descendência. O cognome Chichorro não aparece na maioria dos documentos. Talvez signifique “pequeno”.