Amorese, Helou, Martins, Ridolfo & Toledo Family Tree - Person Sheet
Amorese, Helou, Martins, Ridolfo & Toledo Family Tree - Person Sheet
NameD. Afonso III de Portugal 194, 15648
Nasc Date5/5/1210
Nasc PlaceCoimbra, Portugal
Morte Date16/2/1279 Age: 68
Morte PlaceLisboa, Portugal
OcupaçãoRei de Portugal
FatherD. Afonso II de Portugal , 15659 (1185-1223)
MotherUrraca de Castela , 15660 (1186-1220)
Notas
Como era o segundo filho do rei Afonso II, Afonso não deveria herdar o trono destinado a seu irmão mais velho Sancho, e por isso viveu na França, onde se casou com a condessa Matilde II de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha. Por causa desse casamento, ele ficou conhecido como “O Bolonhês”. Entretanto, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248, após o exílio e morte de Sancho II, em Toledo.
Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria, convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todas as camadas da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade de as classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu privilégio de cidade através do edito de várias cartas de foral. Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso voltou sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado ao reino de Portugal. Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois reinos até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.
Para aceder ao trono de Portugal, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde. Em 1253, o rei desposou D. Beatriz de Castela, conhecida por D. Brites por distorção do povo, filha de D. Afonso X de Castela, chamado O Sábio. Desde logo isto constituiu polêmica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha. O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandonasse D. Beatriz em respeito ao seu matrimônio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde em 1258. O infante, D. Dinis (que sucedeu ao pai no trono), nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em 1263. O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do marido, recebe do seu pai, Afonso X de Castela, uma bela região a leste do Rio Guadiana. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Beatriz lhe prestou durante o seu exílio na cidade de Sevilha.
No final de sua vida, Afonso III viu-se envolvido em conflitos com a Igreja, tendo sido excomungado em 1268 pelo arcebispo de Braga e pelos bispos de Coimbra e Porto, e ainda pelo próprio Papa Clemente IV, à semelhança dos reis que o precederam. O clero havia aprovado um libelo contendo 43 queixas contra o monarca, entre as quais se achavam o impedimento aos bispos de cobrarem dízimos, utilização dos fundos destinados à construção dos templos, obrigação aos clérigos de trabalhar nas obras das muralhas das vilas, prisão e execução de clérigos sem autorização dos bispos, ameaças de morte ao arcebispo e aos bispos e, ainda, a nomeação de judeus para cargos de grande importância. O rei, que era muito querido pelos portugueses por decisões como a da abolição da anúduva (imposto do trabalho braçal gratuito, que obrigava as gentes a trabalhar na construção e reparação de castelos e palácios, muros, fossos e outras obras militares), recebeu apoio das cortes de Santarém, em janeiro de 1274, onde foi nomeada uma comissão para fazer um inquérito às acusações que os bispos faziam ao rei. A comissão, composta majoritariamente por adeptos do rei, absolveu-o. O Papa Gregório X, porém, não aceitou a resolução tomada nas cortes de Santarém e mandou que se excomungasse o rei e fosse lançado interdito sobre o reino em 1277. À sua morte, em 1279, D. Afonso III jurou obediência à Igreja e a restituição de tudo o que lhe tinha tirado. Face a esta atitude do rei, o abade de Alcobaça levantou-lhe a excomunhão e o rei foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
D. Afonso III foi casado duas vezes, tendo filhos só da segunda esposa. Teve, entretanto, muitos filhos ilegítimos com diversas mulheres.
Spouses
Nasc Date1242
Nasc PlaceSaragoça, na atual Espanha
Morte Date27/10/1303 Age: 61
Morte PlacePortugal
OcupaçãoRainha consorte de Portugal
FatherD. Afonso X de Leão e Castela , 16327 (1221-1284)
MotherMor Guilhén de Gusmão , 16328 (ca1220-1262)
Notas
Infanta de Castela. Também citada como Beatriz de Castela e Gusmão (para não ser confundida com uma sobrinha homônima, filha de seu meio-irmão, a qual também veio a ser rainha de Portugal por casamento). Foi a segunda esposa de D. Afonso III tornando-se, pelo casamento, rainha de Portugal. Em 1253, o rei D. Afonso III de Portugal repudiou a sua primeira esposa Matilde de Bolonha e casou-se com D. Beatriz de Castela (que ficou conhecida como D. Brites pelos portugueses). D. Afonso e D. Beatriz eram parentes: ele era primo do avô paterno dela. Tiveram 8 filhos. D. Beatriz foi sepultada no Mosteiro de Alcobaça, Portugal.
Family ID11230
ChildrenDinis I , 16237 (1261-1325)
2Madragana 31, 15649
Nasc Dateca 1230
FatherAloandro Ben Bekar , 15661
Notas
Possivelmente era de origem moura. Foi batizada com o nome cristão de Mor Afonso, embora, ao que parece, já fosse cristã tal qual seu pai. Foi amante do rei de Portugal D. Afonso III, de quem teve 2 filhos. Depois disto, o rei providenciou para que ela se casasse com outro homem.
Family ID10734
ChildrenMartim Afonso , 15639 (ca1255->1313)
Last Modified 6/4/2021Created 12/7/2024 using Reunion for Macintosh
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