Citado como Rodrigo, pelo genealogista F.Gaio.
Foi um infanção [nobre de linhagem, não revestido de magistratura – categoria social inferior a Rico-homem], depois Rico-homem [o grau mais elevado da nobreza; quem tinha este título possuía muitos bens, usava o titulo de Dom e ocupava os principais cargos públicos] do rei D. Afonso III de Portugal (que reinou entre 1248-1279). Serviu a este monarca como seu mordomo-mor [primeiro oficial da Casa Real Portuguesa, responsável pela sua administração e pela superintendência de todos os restantes oficiais e funcionários da mesma].
Parece que D. Rui Gomes de Briteiros, na verdade, raptou sua amada Elvira. O Doutor em Literatura Portuguesa e Professor José Carlos Ribeiro Miranda em um texto de 1996 “Os Trovadores e a Região do Porto - Em torno do rapto de Elvira Anes da Maia”, analisando trovas galego-portuguesas do século XIII, escreve:
“... Afigura-se, todavia, inevitável adiantar desde já uma indicação preciosa: o texto [da trova] aponta no sentido do rapto! Com efeito, numa data que rondará os primeiros anos da década iniciada em 1230, Rui Gomes de Briteiros, infanção descendente de Mem Pires de Longos e, por via feminina, de Gueda, o Velho, terá raptado Elvira Anes da Maia, filha de João Pires da Maia, o mais importante dos descendentes desta velha e poderosa família senhorial, e de Guiomar Mendes de Sousa, da linhagem dos Sousões, aquela que nesta altura ocupava possivelmente o lugar de maior destaque no contexto senhorial do Norte do reino de Portugal. Pela letra do texto podemos ainda inferir que tal ação terá contado com a cumplicidade de Martim Sira, filho de D. Xira e personagem que o Livro de Linhagens do Conde D. Pedro caracteriza como ‘mui bom cavaleiro’...”