Teresa foi uma infanta de Leão, filha ilegítima do rei D. Afonso VI de Leão e Castela com a nobre leonesa Ximena Moniz. Ela foi dada em casamento, por seu pai, ao nobre francês Henrique da Borgonha, que o tinha ajudado em guerras e conquistas aos mouros. Teresa teria 13 anos e Henrique 24. Afonso VI doou-lhes o Condado de Portugal, território que fazia parte do reino da Galiza entre os rios Minho e Vouga e que, a partir de 1096, se estenderia do rio Minho até o Tejo.
Teresa e Henrique tiveram 3 filhas e 2 filhos, porém só um dos meninos e as 3 meninas chegaram à vida adulta. O menino era Afonso Henriques, que foi entregue por seus pais para ser criado por Egas Moniz, que ficou conhecido como “o Aio”.
Em 1112 D. Teresa de Portugal (como era chamada) ficou viúva e assumiu a regência do Condado de Portugal, pois o filho e herdeiro, Afonso Henriques, ainda era menor. Porém, ela fez algumas escolhas políticas equivocadas. Em uma revolta galaico-portuguesa contra sua meia-irmã, a rainha Urraca I de Leão e Castela, D. Teresa fez aliança com o conde galego Fernão Peres de Trava, um membro da mais poderosa casa do Reino da Galiza. Após obterem importantes triunfos em batalhas, foi selada a aliança entre os Trava e D. Teresa. Fernão passou a governar o Porto e Coimbra e assinava junto com Teresa importantes documentos do Condado de Portugal. Teresa governava como se fosse rainha e Fernão se comportava como um "príncipe consorte", visto que tornou-se amante dela. Com a morte da rainha Urraca, Fernão se fez um aliado na Galiza do novo rei, Afonso VII de Leão e Castela. A aliança e ligação de D. Teresa com o conde Fernão, de quem teve duas filhas, indispôs contra ela os nobres portucalenses e seu próprio filho, Afonso Henriques.
Em 1128, juntando os cavaleiros portugueses à sua causa contra sua mãe D. Teresa e contra Fernão, Afonso Henriques derrotou-os na batalha de São Mamede, e assumiu o governo do Condado Portucalense. Na fuga, Teresa e Fernão foram aprisionados e expulsos do Condado. Ela teria falecido na Galiza.