Também citado como Gomes Nunes de Pombeiro.
Foi um nobre proveniente do Reino de Leão, com tal capacidade de liderança política e militar, que recebeu na Galiza o título de conde e em Portugal ocupou o cargo de Mordomo-mor. O seu poder se estabeleceu no vale do rio Minho, principalmente na margem norte, correspondendo à região de Tui. Segundo uma fonte contemporânea, ali Gomes Nunes "detinha um local forte, uma rede de castelos e uma imensidão de cavaleiros e infantaria".
Nas várias guerras que marcaram o reinado de Urraca I de Leão e Castela (que reinou entre 1109-1126), Gomes Nunes favoreceu o filho desta, o futuro rei Afonso VII de Leão e Castela (que reinou entre 1126-1157), o qual era rei da Galiza desde 1111. Gomes contava-se entre os líderes galegos da facção do infante-rei, juntamente com o chefe da família nobre mais influente da Galiza, Pedro Froilaz de Trava (seu sogro). Nos primeiros anos da década de 20 do século XII, após a rainha Urraca ter feito a paz com seu filho, o futuro Afonso VII, Gomes aliou-se a outra "rainha", Teresa de Portugal, e o amante dela, Fernão Peres de Trava (seu cunhado, meio-irmão de sua esposa). Entretanto, Gomes se virou contra eles para apoiar o infante e herdeiro Afonso Henriques, filho de Teresa e de seu falecido esposo, o conde Henrique da Borgonha. Gomes apoiou Afonso Henriques em sua demanda para fundar o Reino de Portugal, intento alcançado em 1139.
Gomes Nunes foi um apoiador leal, primeiro de Afonso VII, depois de Afonso Henriques (entre 1138 e 1140). Em 1141, ele apoiou uma invasão portuguesa na Galiza, mas foi punido por isso, pelo rei de Portugal, com o exílio forçado. Afonso Henriques o expulsava também por ter provocado discórdia entre ele e o "Imperador", Afonso VII. Gomes Nunes fugiu para refugiar-se em Cluny (na Borgonha, atual França), e se tornou monge naquela Abadia. Faleceu no exílio.
Há divergência entre os autores a respeito de sua ascendência. Fim de linha.