Foi um cavaleiro medieval do reino de Portugal. Foi também um trovador.
Em 1235, era vassalo do infante D. Fernando de Serpa (irmão do rei D. Sancho II de Portugal), que apreciava as cantigas de escárnio que ele compunha. Em 1240, foi a Castela acompanhando seu senhor, e ali esteve em contato com outros trovadores da corte do infante castelhano D. Afonso (o futuro rei D. Afonso X “o Sábio”).
Regressando o Infante de Serpa a Portugal em 1243, não se sabe se João Soares o terá ou não acompanhado. Agravou-se o conflito que conduziu à guerra civil portuguesa, durante a qual, e enquanto foi vivo, o Infante de Serpa (que faleceu em 1246) tomou o partido de seu outro irmão, D. Afonso “o Bolonhês”. Da posição de João Soares no conflito nada se sabe de concreto. Seja como for, a partir de 1249, João Soares aparece na corte portuguesa do novo rei, D. Afonso III, tomando parte no conselho real e sendo um privado [favorito, protegido] desse monarca.
Em 1249, acompanhou o rei nas guerras para a conquista do Algarve. Por esses serviços, o rei lhe doou, em 1254, o senhorio da vila do Souto de Riba de Homem (o rio Homem fica no atual município de Vila Verde, distrito de Braga, Portugal).
Segundo o historiador José Mattoso, João Soares Coelho foi “o possível responsável pela mitificação da figura de Dom Egas Moniz “o Aio”, procurando assim, por meio da aura desse antepassado, encobrir a mácula de sua origem em uma linhagem bastarda”. [João Soares era bisneto de Lourenço Viegas de Ribadouro – este, filho do “Aio” –, mas que só deixou descendência ilegítima.]