Em catalão seu nome é Ramon Berenguer IV. Foi conde de Barcelona, da Cerdanha, de Besalú, de Girona e de Osona, foi também conde de Ribagorça (a partir de 1137) e Príncipe Regente de Aragão. O seu casamento com Petronila de Aragão efetivou a união dinástica entre o Reino de Aragão e o Condado de Barcelona.
Aos 11 de agosto de 1137 em Barbastro, Reino de Aragão (na atual Espanha), efetuou-se o compromisso de casamento entre Raimundo e a infanta Petronila de Aragão, a qual tinha apenas um ano de idade. O pai dela, Ramiro II (irmão e sucessor do falecido rei Afonso I de Aragão), que havia procurado a ajuda de Raimundo Berengário IV de Barcelona para enfrentar Afonso VII de Leão e Castela, abdicou em 13 de novembro daquele mesmo ano, deixando o reino de Aragão para o futuro genro. Este se tornou essencialmente o governante de Aragão, apesar de nunca ter recebido o título de rei, senão Conde de Barcelona e Príncipe do Reino de Aragão.
O acordo entre Raimundo e seu sogro estipulava que seus descendentes reinariam sobre ambos os domínios. Mesmo se Petronila morresse antes que o casamento fosse consumado, Raimundo ainda herdaria o título de rei de Aragão. Tanto Barcelona quanto Aragão preservariam suas leis, suas instituições e sua autonomia, permanecendo legalmente distintos, embora federados numa união dinástica sob uma única casa reinante. Os historiadores consideram este arranjo um grande acerto político, já que ambos os domínios se fortaleceram e Aragão conseguiu sua tão carecida saída para o mar. Além do que, a formação de uma nova entidade política no nordeste da Península Ibérica, ao lado da separação do Reino de Portugal e do Reino de Leão com a independência do primeiro, deram mais equilíbio aos reinos cristãos.
Raimundo havia herdado o Condado de Barcelona em 1131, com a morte de seu pai. Durante seus primeiros anos de governo, promoveu a estabilidade territorial do Condado, que era ameaçado pelos avanços do Reino de Aragão, interrompidos em 1134 pela morte do rei Afonso I de Aragão. Após estabelecer seu noivado com a herdeira de Aragão (Petronila era a única filha de Ramiro II, irmão e herdeiro do falecido rei), Raimundo foi bem sucedido em negociar acordos com as ordens militares para as quais Afonso I havia deixado seu legado. Também teve sucesso ao retirar Aragão da submissão a Castela, certamente auxiliado por sua irmã, Berengária de Barcelona, que era casada com Afonso VII de Leão e Castela. Depois, voltou sua atenção para campanhas contra os mouros. Em 1148 a reconquista da atual Catalunha estava completa.