Conhecido como “Carlos, o Calvo”, foi rei da Frância Ocidental de 840 até sua morte. Foi também Imperador Romano-Germânico, a partir de 875.
Sendo filho do segundo casamento de seu pai, Carlos nasceu quando seus meios-irmãos já eram adultos e o pai já lhes tinha atribuído seus próprios reinos ou sub-reinos. As tentativas feitas por Luís, o Piedoso, para atribuir um sub-reino ao filho Carlos foram infrutíferas, culminando em uma insurreição de seus filhos mais velhos contra ele.
A morte do imperador em 840 fez eclodir a guerra entre seus filhos, que só terminou em agosto de 843 pelo Tratado de Verdun. Esse acordo deu a Carlos o reino da Frância Ocidental, que ele já estava até então governando e que, praticamente, corresponde ao que hoje é o país da França.
Em 875, após a morte do imperador Luís II da Germânia (filho de seu meio-irmão mais velho, o imperador Lotário I), Carlos foi coroado Imperador Romano-Germânico.
Sobre o epíteto “o Calvo”, tem sido sugerido que foi usado de forma irônica e não descritivamente, ou seja, que ele não era, de fato, careca. Outra explicação é que, a partir de 867, Carlos se tornou abade laico de Saint-Denis. Em 877, no dia da consagração de certa abadia em Compiègne, ele teria raspado a cabeça em sinal de submissão à Igreja, apesar do costume franco exigir que um rei tivesse cabelos longos. Fontes históricas, do século X, referem-se a ele sem qualquer traço de ironia como “Carlos o Calvo”.
Ele foi casado duas vezes, com geração de ambos os casamentos.